Um dado importante pode ajudar muitas pessoas a ter atenção redobrada quando o assunto é exposição ao sol e cuidados com a pele. Levantamento realizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, apontou que cerca de 60% das cirurgias plásticas reparadoras realizadas na instituição são para recuperação de áreas afetadas pelo câncer de pele.
Em média são realizadas no Icesp cerca de 100 cirurgias plásticas, mensalmente. Desse total, mais da metade corresponde a tumores dermatológicos.
O levantamento apontou ainda que, devido à exposição ao sol, 80% das neoplasias na pele atendidas no Instituto são na região da cabeça e do pescoço. O câncer de mama aparece logo em seguida no ranking das cirurgias plásticas reparadoras, com 23% dos atendimentos.
O procedimento é realizado junto com a retirada do tumor. Este processo reduz o tempo de internação, melhora a qualidade de vida do paciente, ajuda-o a enfrentar o tratamento pós-operatório e agiliza o retorno às suas atividades diárias. Do total de pacientes que passaram por intervenções plásticas no Icesp, 80% não precisaram realizar duas cirurgias, pois a reconstrução é imediata e acontece logo após a retirada do câncer.
No caso de reconstruções na face, a intervenção imediata ajuda a manter funções básicas, como a fonação e degustação, além de abreviar o tempo de oclusão dos olhos e minimizar choques estéticos, elevando a auto-estima do paciente. Cirurgias plásticas imediatas nas extremidades (pernas e braços) reduzem as chances de amputação dos membros, evitando a mutilação permanente.
“A cirurgia plástica reparadora contribui muito para a qualidade de vida do pacientem, porém é muito importante que todos se cuidem para evitarmos dados alarmantes como o do câncer de pele”, afirma o coordenador do Serviço de Cirurgia Plástica do Icesp, Fábio Busnardo.
Prevenção
Cuidar de pintas que aparecem pelo corpo e ficar atento a manchas na pele são fundamentais para evitar o câncer de pele. E muitos destes sinais, por mais inofensivos que possam parecer, merecem atenção. Com alguns cuidados é possível prevenir a doença. Pintas podem ser congênitas ou surgir ao longo da vida. A maior parte das marcas não traz complicações ao paciente e apenas as de grandes dimensões (superior a 20 cm), apresentam probabilidade de se transformarem em câncer. Independentemente do tamanho da pinta, é muito importante procurar avaliação médica. Por meio da análise clínica, o médico saberá indicar se aquela marca deve ser retirada ou apenas seguir o acompanhamento.
A maioria dos sinais aparece durante a juventude. Em grande parte, a exposição solar é uma importante aliada para o aumento do volume de pintas pelo corpo. É recomendável evitar exposição excessiva à luz solar, principalmente entre 10h e 15h.
Além disso, é preciso observar qualquer modificação nas pintas e manchas. Os sinais mais comuns relacionados ao surgimento do câncer de pele são as alterações da coloração (variações de tonalidade de marrom, preto, vermelho ou azul), áreas com perda da pigmentação, alterações de tamanho, presença de bordas irregulares, alterações na superfície (áreas de elevação súbita ou feridas), e coceira e dor local. Pintas que coçam ou apresentam inflamação local também devem ser avaliadas.
Fonte: www.sjtresidencia.com.br
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